Será a calamidade da fome um fenômeno natural, inerente à própria vida, uma contingência irremovível como a morte? Ou será a fome uma praga social criada pelo próprio homem? Assunto tão delicado e perigoso por suas implicações políticas e sociais que até quase os nossos dias permaneceu como um doa tabus da nossa civilização - uma espécie de tema proibido ou pelo menos pouco aconselhável para ser abordado publicamente.
Acontece, porém, que a verdade sobre a fome incomoda os governos e fere as suscetibilidades patrióticas e, por isso mesmo, são frequentemente vedadas ao grande público, pelas respectivas censuras políticas.
Depois de séculos combatendo a fome, vivemos um momento único em que, a despeito de não ter sido completamente erradicada, hoje morre-se mais de obesidade do que inanição. Da mesma forma, a guerra, embora exista, mata nos tempos atuais uma fração do que matou até o Século XX.
Com o avanço da genética, teremos humanos cada vez mais saudáveis e uma perspectiva de vida cada vez maior.
Fome, peste e guerra sempre estiveram entre as principais dificuldades enfrentadas.
Os seres humanos inventaram inúmeras ferramentas, instituições e sistemas sociais - mas seguem morrendo aos milhões de inanição, epidemias e violência.
Lucrecia Anchieschi
Coordenadora Política Pedagógica da Policidadania
luanchieschi@uol.com.br
www.facebook.com/luanchieschi
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